Passei o dia seis de janeiro com Victor Hugo, em Macau onde passei toda minha infância, a viagem me permitiu agradecer a Deus pelo que pude proporcionar a uma de minhas sete maravilhas deste mundo. Ver meu Vitinho brincar na entrada da cidade onde fui varias vezes, curtindo as alegrias de uma criança que passava por ali sem ter como registrar em fotografias, e a única lembrança que reside em minha memória, foi da vida de uma criança sem leite e sem pão, me remete a uma gratidão a Deus pelas bênçãos que ele me proporcionou, e hoje poder sorrir com a alegria de Vitor, andar pelas ruas que foram palco de minhas idas e vindas com calções rasgados, mais uma vez tive que agradecer ao Deus vivo que sirvo, meus olhos brilhavam cada vez que ouvia Victor pronunciar as palavras mais sublimes, elas soavam como balsamo em meu coração. Hoje passado o estado emocional em que me invadiu, pude realmente digerir as emoções que vivi, para descrever tenho parcos recursos, mais confesso que vou guardar todos os passos das duas crianças, a criança pobre, bem como a criança feliz, que por designo de Deus estiveram juntas, uma vivendo sua liberdade presente e outra eterna criança, revivendo o seu passado, em cada suspiro ou batida que dava seu coração.
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